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Os computadores quânticos entraram de vez no radar das transformações e podem representar a nova fronteira tecnológica do setor financeiro e de outros. A chave da disrupção está na ultravelocidade desses processadores.
Quem possibilita isso são os bits quânticos (qubits). Um bit normal têm só dois valores: 0 ou 1. Há, portanto, um limite de quatro combinações: 01, 00, 11 e 10. Já os qubits podem ser 0 e 1 ao mesmo tempo. Ou seja, a capacidade de cálculo é muito maior.
Em questões com múltiplas soluções, por exemplo, um processador normal avalia cada opção isoladamente até apontar o melhor resultado. Os quânticos, não: eles analisam todas ao mesmo tempo.
Desse modo, serão capazes de criar níveis de criptografia invioláveis e turbinar a segurança das transações financeiras. Não à toa, algumas gigantes estão apostando alto na inovação. A Intel anunciou um computador quântico de 49 qubits em janeiro. Em março, o Google garantiu a criação de uma máquina com 72 qubits.
Estima-se que um processador de 100 qubits seria mais potente do que todos os computadores do planeta trabalhando juntos.