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Cinco brasileiras que entraram para a história

8 de março de 2019

Tags: Dia da Mulher, Mulheres brasileiras, Mulheres inspiradoras

Cinco Brasileiras que Entraram para a História - Blog da Bem

Você sabe por que o Dia da Mulher é celebrado em 8 de março? Tem a ver com um episódio que retrata bem a força transformadora das mulheres.

Em 1917, milhares de operárias russas entraram em greve e tomaram as ruas de São Petersburgo para protestar contra a fome e a morte dos soldados do país na 1ª Guerra Mundial.

Conhecido como “Pão e Paz”, o manifesto aconteceu no dia 8 de março e não só levou à queda do comandante do país, o Czar Nicolau 2º, como impulsionou a Revolução Russa – ocorrida em outubro daquele ano. A Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou a data como Dia Internacional da Mulher em 1975.

O Brasil também tem inúmeros exemplos de como a fibra e o talento feminino podem fazer a diferença. Em homenagem ao Dia da Mulher, o blog da Bem traz o perfil de cinco brasileiras que entraram para a história e são pura inspiração. 

Celina Viana 

Hoje, cerca de 52% do eleitorado brasileiro é formado por mulheres. Mas no passado era diferente. Houve um tempo em que as urnas ficavam restritas aos homens. Isso mudou, em 5 de abril de 1928, quando a professora Celina Viana se tornou a primeira mulher brasileira a votar. Ela solicitou o direito à Justiça do Rio Grande do Norte. O primeiro voto feminino foi realizado na cidade de Mossoró, abrindo caminho para que a participação política se estendesse a todas as brasileiras.

Marta

Não é de hoje que o Brasil é considerado o país do futebol. Até pouco tempo atrás, porém, apenas os talentos masculinos eram reconhecidos dentro das quatro linhas. Tudo mudou quando a alagoana Marta Vieira da Silva calçou chuteiras. Ela foi a primeira jogadora a receber o título de melhor do mundo por seis vezes – cinco delas de forma consecutiva. É um feito inédito até entre os homens. Marta tem 33 anos e é a maior artilheira da história da Seleção Brasileira, com 101 gols. Nem Pelé marcou tantas vezes com a amarelinha.

Chiquinha Gonzaga

A carioca Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, é uma das precursoras da música popular no Brasil. Ela se destacou por adaptar peças clássicas de piano a ritmos tipicamente brasileiros, como o maxixe e o choro. O seu sucesso começa aos 29 anos, com a polca Atraente, gravada em 1877. Considerada a criadora do chorinho, Chiquinha teve mais de 2 mil composições ao longo da carreira e foi a primeira mulher a reger uma orquestra no país. Além disso, lutou pela causa abolicionista. Chegou a usar o dinheiro de suas músicas para libertar um escravo, chamado Zé da Flauta. Chiquinha faleceu em 1935.

Fernanda Montenegro

Arlette Pinheiro Esteves da Silva Torres. Talvez, pouca gente a conheça pelo seu nome de registro. Se falarmos em Fernanda Montenegro, entretanto, o país todo prestará reverência. Ela é considerada por muitos a maior atriz brasileira de todos os tempos. Nascida no Rio de Janeiro, Fernanda completará 90 anos em outubro – e soma inúmeros feitos na carreira. Em 1998, por exemplo, ela se tornou a primeira latino-americana a ser indicada ao Oscar. Essa foi a única indicação para uma atriz que participou de um filme em língua portuguesa – Central do Brasil. Fernanda também foi a primeira brasileira a ganhar o Emmy, o Oscar da televisão, por sua brilhante atuação na série Doce de Mãe, de 2013.

Maria da Penha

A importância da cearense Maria da Penha Maia Fernandes é tanta que o seu nome batiza a principal lei de combate à violência contra mulheres no país. Nascida em 1945, ela sofreu inúmeras agressões e duas tentativas de assassinato por parte do ex-marido. Os maus tratos a deixaram paraplégica em 1983. Farmacêutica e mãe de três filhas, Maria da Penha lutou durante 19 anos para que o ex-marido fosse condenado. Sua prisão ocorreu em 2002, poucos meses antes de o crime prescrever. A Organização dos Estados Americanos (OEA) considerou o ato como o primeiro crime de violência doméstica da história. O caso levou à criação da Lei Maria da Penha, promulgada pelo Congresso Nacional em 2006. A legislação visa proteger a integridade física das mulheres, estipulando punições pesadas para os agressores. Atualmente, Maria da Penha coordena um instituto que leva o seu nome e milita a favor da proteção da mulher.

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