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A decisão de buscar financiamentos no mercado é geralmente cercada de dúvidas. Na prática, muita gente teme que os bancos possam inserir taxas e custos além dos combinados. Mas saiba que uma das opções mais seguras de financiamento é o crédito com desconto em folha.
Hoje, a gente conta um pouco mais sobre as regras dessa modalidade, cujas parcelas são descontadas diretamente no salário ou no benefício dos aposentados e pensionistas. Assim, você fica sabendo com clareza como funciona a contratação do empréstimo consignado.
A simplicidade é uma das vantagens do crédito consignado em comparação com outras linhas de crédito. Isso reduz a burocracia na hora de assinar o contrato com a instituição financeira. Ao saber disso, fica mais fácil fugir de eventuais pegadinhas e decidir qual a melhor operação de crédito para a sua necessidade.
Fechar um contrato de empréstimo consignado é um processo bastante ágil. De modo geral, o banco irá apenas conferir algumas informações consideradas fundamentais para a liberação dos valores e o estabelecimento do vínculo.
Depois de alinhar valores, prazos e taxas, a instituição bancária irá confirmar a sua margem consignável para saber se é possível realizar o empréstimo nos moldes acordados. A margem consignável é um dispositivo criado pelo Banco Central do Brasil para evitar um grau alto de endividamento por meio do crédito consignado.
Essa norma estipula que você só poderá utilizar até 35% do seu salário para créditos em folha – sendo 30% para a parcela do empréstimo e 5% para a mensalidade do cartão de crédito consignado. Caso o valor alinhado com o banco fique dentro da sua margem consignável, o processo passa para a próxima etapa.
Essa é uma parte vital sobre como funciona a contratação do crédito consignado. O banco irá confirmar os seus dados para a montagem do contrato. Em geral, são documentos básicos, como nome completo, CPF, RG e comprovantes de residência e de renda.
As instituições costumam pedir cópias impressas para criação do cadastro. Entretanto, em razão da pandemia, é provável que você possa enviar essas informações de modo online. O mesmo vale para a contratação de empréstimo consignado pela internet. Qualquer dado pedido pelos bancos não pode ser divulgado nem vendido para terceiros e deve respeitar uma política de privacidade.
Com a definição da margem consignável e a conferência dos documentos, o cliente passa à assinatura do contrato. Vale destacar que o contrato inclui três partes: o banco, o cliente e o órgão pagador. Esse terceiro personagem se refere à empresa ou órgão público ao qual o cliente está vinculado.
Se ele for um funcionário com CLT, por exemplo, o órgão pagador é a empresa. Já no caso dos aposentados e pensionistas do INSS, quem assume essa função é o próprio INSS. O mesmo se aplica a servidores públicos e militares ativos e inativos. A terceira parte entra no contrato porque ela é a responsável por efetuar o desconto do empréstimo na folha de pagamento.
A parcela mensal do crédito consignado é composta pelo Custo Efetivo Total (CET), um cálculo que inclui as taxas de juros e outras alíquotas estipuladas pelo banco. Isso é apresentado ao cliente logo na negociação, quando a proposta é formatada. Ou seja, depois disso, o banco não irá exigir taxas extras.
A única cobrança além do valor da parcela se refere ao cartão de crédito consignado. É cobrada uma pequena taxa para a confecção do cartão, caso você queira fazê-lo. Em geral, o desconto ocorre na primeira mensalidade, mas pode ser parcelado se o cliente assim preferir.
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Ao observar os tópicos acima, você já consegue ter uma análise ampla de como funciona a contratação do empréstimo pessoal consignado. O processo incluirá cada um desses passos na maior parte dos bancos.
As instituições financeiras idôneas não irão criar outros meandros nem inserir taxas fora do normal. Mas é bom ficar atento a itens que não estão relacionados ao crédito consignado. Assim, você evita surpresas.
O grande trunfo do empréstimo consignado é o desconto das parcelas diretamente na folha de pagamento. Isso significa que não existem boletos, taxas ou pagamentos adicionais fora do que foi estipulado.
O único valor que pode exceder esse acordo se refere ao cartão de crédito consignado. Se você passar do limite estipulado na margem consignável do cartão, terá a opção de pagar esse excedente em um boleto. Caso contrário, o montante será descontado direto na próxima mensalidade.
Existem modalidades de crédito em que os bancos pedem alguma garantia para liberar o dinheiro – como um imóvel ou um veículo, por exemplo. Isso não se aplica ao empréstimo consignado. As instituições não podem fazer esse pedido porque a única garantia necessária é a própria renda do cliente, seja o salário, a aposentadoria ou a pensão.
Como mostramos antes, a mensalidade do crédito consignado é apontada pelo CET, definido no momento da contratação. Ou seja, todas as taxas estão concentradas nesse cálculo. Eventuais custos extraordinários não podem ser inseridos depois sem o prévio conhecimento do cliente.
Os bancos também não podem exigir que você contrate qualquer outro produto de sua carteira, como seguros ou fundos de renda fixa, junto com o consignado. Nada impede que o gerente ou o correspondente bancário apresente essas opções, mas a escolha de adquiri-las ou não será sempre sua.
Cada vez mais, os processos remotos devem crescer no segmento financeiro. A maior parte dos bancos já utiliza as plataformas digitais para fechar empréstimos consignados. Essas ferramentas servem para esclarecimento de dúvidas e troca de informações. Ligações telefônicas ou mensagens SMS, aliás, podem ser utilizadas para colaborar no processo.
Por outro lado, os bancos não estão autorizados a ligar aos clientes para oferecer ou fechar a contratação de empréstimos consignados. Práticas assim levantam suspeitas em relação à lisura do processo. Evite golpes e procure sempre negociar com instituições financeiras que você conheça.