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Outubro é o mês em que a cor rosa se espalha pelas ruas, na televisão e até na internet para chamar a atenção sobre a prevenção ao câncer de mama. Quem não foi ao supermercado e se deparou com a decoração temática ou não viu alguma praça iluminada com a cor do momento?
Todo esse esforço tem justificativa. O câncer de mama é o segundo mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas dos tumores de pele não-melanoma. Por isso, o Blog da Bem também entrou na onda do Outubro Rosa. Hoje, a gente traz dicas de prevenção que podem ser fundamentais para a saúde feminina.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo mais mortal dessa doença, causando 13,22 óbitos a cada 100 mil mulheres brasileiras. Além disso, estima-se que um em cada três casos de câncer de mama possa ser curado se for descoberto ainda em estágio inicial.
O principal foco de prevenção está em mulheres acima dos 40 anos, já que nesse período a incidência e a mortalidade decorrente da doença aumentam gradualmente. Em mulheres com mais de 60 anos, os riscos chegam a ser 10 vezes maiores.
Assim, a partir dos 50 anos, é indicada a realização de mamografia de rastreamento a cada dois anos. Dessa forma, é possível identificar o câncer antes mesmo de a pessoa ter os sintomas.
Durante muitos anos, o autoexame mensal foi difundido como uma prática importante para a prevenção contra o câncer de mama. No entanto, novos estudos científicos têm mostrado que há outras formas menos impositivas e mais eficazes.
A palpação ocasional (sem regularidade estabelecida) tem se destacado como o melhor método atualmente. É através dela que 65% das mulheres com câncer de mama identificam o problema. Aquelas que optam pelo autoexame mensal representam apenas 35% das taxas de diagnóstico precoce.
Portanto, a recomendação atual é que a mulher verifique suas mamas apenas quando se sentir confortável.
Durante a palpação, a mulher deve estar atenta para sinais como:
– Caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
– Pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja;
– Alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos;
– Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
O primeiro passo é procurar o serviço de saúde mais próximo. É lá que exames como a mamografia e ecografia mamária serão realizados para determinar o diagnóstico. Além disso, planos de saúde e até mesmo o Sistema Único de Saúde (SUS) mantêm diversos programas de acolhimento para mulheres com câncer.
Não há uma causa isolada para o desenvolvimento do câncer de mama. As condições mais comuns associadas à doença dividem-se em fatores hereditários, ambientais e quanto ao histórico reprodutivo da mulher.
– História familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau antes dos 50 anos;
– Histórico de câncer bilateral ou de ovário em qualquer idade;
– História familiar de câncer de mama masculino;
– Alteração genética.
– Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
– Sedentarismo e inatividade física;
– Consumo de bebida alcoólica e exposição frequente a radiação;
Nesse item, estão incluídas condições como:
– Primeira menstruação antes dos 12 anos;
– Não ter tido filhos;
– Primeira gravidez após os 30 anos;
– Parar de menstruar após os 55 anos;
– Uso de contraceptivos hormonais e ter feito reposição hormonal pós-menopausa – principalmente por mais de cinco anos.