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O 8 de março é delas. Ninguém duvida que também lhes pertencem cada dia e cada minuto dos outros meses do ano, assim como delas igualmente são todos os momentos plenos de suas vidas. Mas o 8 de março, esse é só delas. Trata-se de uma data cada vez mais rica em significados. E existem diversos motivos que explicam por que o 8 de março é o Dia da Mulher.
A efeméride tem muito a ver com as lutas e desafios enfrentados pelas mulheres ao longo do tempo. Para comemorar esse dia tão especial, o Blog da Bem reuniu alguns episódios que explicam como essa história aconteceu. Confira a seguir.
É preciso regressar mais de 100 anos para explicar por que 8 de março é o Dia da Mulher. A origem desse movimento remonta à Revolução Industrial, ocorrida na primeira metade do século 19. O surgimento das fábricas afetou muito a forma como os trabalhadores atuavam.
As condições profissionais eram péssimas, com prejuízo ainda maior para as mulheres. Isso levou ao início de manifestações de trabalhadoras na Europa e nos Estados Unidos no final daquele século.
Na virada para o século 20, por exemplo, a jornada de trabalho feminina podia se prolongar por até 16 horas diárias, sem folga aos domingos. Era uma situação insustentável. Em 26 de fevereiro de 1909, mais de 15 mil mulheres foram às ruas de Nova York para exigir melhores condições laborais e igualdade de direitos civis, incluindo a possibilidade de votar. Essa, de certa forma, é considerada a primeira comemoração do Dia das Mulheres que se tem registro.
Pouco tempo depois, em 1910, a professora e política alemã Clara Zetkin propôs a instituição de uma comemoração anual, que acontecesse simultaneamente ao redor do mundo. A ideia de Clara, apresentada durante uma Conferência de Mulheres Socialistas, na Dinamarca, foi adotada na Rússia. Lá, nos primeiros anos daquela década, o Dia da Mulher era comemorado no último domingo de fevereiro.
A passagem histórica responsável por oficializar o dia 8 de março como Dia Internacional da Mulher também vem da Rússia. Em 1917, nessa data, milhares de operárias russas tomaram as ruas de São Petersburgo para protestar contra a fome, as más condições de trabalho e a morte dos soldados do país na Primeira Guerra Mundial.
O movimento, conhecido como Manifesto Pão e Paz, conseguiu derrubar o governo do Czar Nicolau 2º, que comandava o país. Além disso, impulsionou a Revolução Russa, ocorrida em outubro do mesmo ano.
Dali em diante, a tradição de comemorar o Dia da Mulher passou a ser adotada por outros países. Mas demorou 58 anos até a data entrar de vez no calendário mundial. Isso aconteceu em 1975, escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Ano Internacional das Mulheres. A partir de então, a entidade estabeleceu o 8 de março como Dia Internacional da Mulher.
O Dia da Mulher, atualmente, é lembrado em mais de 100 países. Assim como no século 19, a luta por direitos e igualdade de condições segue como uma pauta constante. Acima de tudo, o 8 de março é uma exaltação à mulher em todas as suas facetas e nuances.
É o dia de todas elas – ou de todas nós. Nós que somos competentes, determinadas, inteligentes, fortes, humanas. Nós que nos desdobramos em mil e desempenhamos muitos papéis com destreza sem igual. Mães, profissionais, amigas, namoradas. Mulheres, enfim. Donas de si.